A problemática referente à concordância gramatical na língua portuguesa apresenta nuances complexas, especialmente ao considerar que a maioria das construções frasais admite múltiplas possibilidades de concordância. No entanto, algumas estruturas se destacam por apresentarem uma única forma correta, restringindo a flexibilidade habitualmente encontrada. A expressão "dadas as proposições todas aceitam mais de uma concordância exceto" encapsula essa dicotomia, sinalizando a existência de exceções à regra geral da multiplicidade de concordâncias. Compreender essas exceções é crucial para a precisão e correção gramatical, impactando diretamente a clareza da comunicação em contextos acadêmicos e profissionais.
Cocordância Nominal - Quiz
Concordância Verbal e Nominal
Em português, a concordância verbal e nominal são pilares fundamentais da estrutura gramatical. A concordância verbal exige que o verbo se flexione em número e pessoa para corresponder ao sujeito da oração. A concordância nominal, por sua vez, requer que nomes (substantivos, adjetivos, pronomes e artigos) concordem em gênero e número entre si. A flexibilidade da língua permite, em muitos casos, variações na concordância sem comprometer a correção gramatical. Contudo, algumas construções sintáticas impõem restrições, limitando as opções de concordância a uma única forma aceitável, o que demonstra a importância de uma análise cuidadosa da estrutura frasal.
Casos de Concordância Obrigatória
Determinadas construções frasais exigem concordância obrigatória para manter a correção gramatical. Expressões como "é proibido," "é necessário," e "é bom" seguidas de substantivos desacompanhados de determinante (artigo, pronome, etc.) impõem que o adjetivo permaneça invariável no masculino singular, mesmo que o substantivo a que se refira seja feminino ou plural. Por exemplo, "É proibido entrada" (sem artigo) é a forma correta, enquanto "É proibida entrada" seria gramaticalmente incorreta. A ausência de um determinante força a invariabilidade do adjetivo, constituindo uma exceção notável à regra geral de concordância.
Construções Particulares com "Haver" e "Fazer"
Os verbos impessoais "haver" e "fazer," quando indicam tempo decorrido, fenômenos naturais ou existência, apresentam características de concordância específicas. Nesses casos, os verbos permanecem na terceira pessoa do singular, independentemente da expressão que os acompanha. Por exemplo, "Há muitos anos que não o vejo" e "Faz dois anos que ele partiu" são construções gramaticalmente corretas, mesmo que as expressões "muitos anos" e "dois anos" indiquem pluralidade. A impessoalidade dos verbos sobrepõe-se à regra geral de concordância, configurando uma exceção relevante.
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A Influência de Expressões Expletivas
Expressões expletivas, como "que," "se," e "quem," podem alterar as regras de concordância em algumas orações. Em orações com o pronome relativo "que," o verbo concorda com o termo antecedente. No entanto, em orações com o pronome indefinido "quem," o verbo pode concordar tanto com o pronome "quem" (terceira pessoa do singular) quanto com o termo antecedente, dependendo da construção frasal. A análise contextual é fundamental para determinar a forma de concordância mais adequada, evidenciando a complexidade das regras gramaticais e a necessidade de um olhar atento às particularidades de cada oração.
A concordância pode ser vista como uma convenção quando diferentes formas de concordância resultam em significados semanticamente equivalentes, sem comprometer a clareza ou a correção gramatical da frase. Nesses casos, a escolha entre as opções pode depender de nuances estilísticas ou regionais, mais do que de uma imposição gramatical estrita.
Erros comuns incluem a falta de concordância verbal em orações com sujeitos compostos, a concordância inadequada de adjetivos com substantivos em gênero e número, e o uso incorreto de verbos impessoais como "haver" e "fazer." A revisão cuidadosa e a atenção aos detalhes são essenciais para evitar esses erros.
A norma culta valoriza a precisão e a correção gramatical, recomendando o uso das formas de concordância que melhor se adequem às regras estabelecidas. No entanto, reconhece que algumas variações são aceitáveis, desde que não comprometam a clareza e a correção da mensagem. A análise contextual e o conhecimento das regras gramaticais são fundamentais para fazer escolhas adequadas.
A concordância ideológica ocorre quando a concordância gramatical é alterada para expressar uma relação semântica mais forte do que a indicada pela concordância estrita. Por exemplo, em frases como "A maioria dos alunos faltou," o verbo "faltar" concorda com a ideia de pluralidade expressa por "a maioria," mesmo que gramaticalmente pudesse concordar com o singular "a maioria." Essa forma de concordância é aceitável em alguns contextos, desde que não comprometa a clareza da mensagem.
Em textos técnicos e acadêmicos, a precisão e a correção gramatical são cruciais para garantir a clareza e a credibilidade da informação. Em textos literários, a concordância pode ser explorada de forma mais flexível, com o objetivo de criar efeitos estilísticos e expressivos, desde que não comprometa a compreensão da mensagem.
Embora a norma culta da língua portuguesa seja relativamente uniforme, existem variações regionais na concordância, especialmente na concordância verbal. Essas variações refletem as diferenças de uso e as influências históricas de cada região. No entanto, em contextos formais, a norma culta é geralmente preferida.
Em suma, a compreensão da expressão "dadas as proposições todas aceitam mais de uma concordância exceto" exige uma análise aprofundada das regras de concordância verbal e nominal na língua portuguesa, bem como o reconhecimento das exceções que impõem restrições à flexibilidade habitualmente encontrada. O domínio dessas regras e exceções é fundamental para a precisão e correção gramatical, impactando diretamente a clareza da comunicação em contextos acadêmicos e profissionais. O estudo contínuo e a prática da escrita são essenciais para aprimorar a habilidade de aplicar as regras de concordância de forma adequada e evitar erros que possam comprometer a qualidade da comunicação.